ali

tempos outros

sonhos fugidios ali

onde as árvores se escondem

corridas constantes

amigos que estão ali

onde o sol e a lua se põem

arrepios vagos

amores escondidos ali

onde o vento e as gretas assobiam

esperanças alegres

janelas abertas ali

onde as lágrimas evaporam

livros abertos

mundos novos ali

onde sonhos amigos amores

se vão pelas janelas

da vida

São Paulo, 8 de março de 2013.

                                           © Antônio Jackson de S. Brandão

rosa

                                             à MR

uma rosa floresceu

em meu jardim

veio de não sei onde

 apareceu à noite

em meio à escuridão

instalou-se

sorrateiramente:

abriu-se em botão!

me chamou pra perto dela:

sorriu,

iluminou a

solidão...

 São Paulo, 8 de março de 2013.

                                                         © Antônio Jackson de S. Brandão

lá do norte...

                                                           à MR

quero morrer...

você não pode agora!

mas é de tesão,

paixão, loucura

transe e perfume!

cala a boca...

vem calar!

mãos nos cabelos

a agarrar seu

desejo e suor!

sorriso discreto,

santo, angelical

que se joga em mim...

cabelos que voam

a roçar meu desejo!

sai de perto...!

só depois de sentir

as curvas de

seus seios

sentir o cheiro de suas

tranças,

arrancar-te um beijo

de sua boca molhada
e seca do cair da tarde.

São Paulo, 5 de março de 2013.

                                                                               © Antônio Jackson de S. Brandão