domingo, 31 de maio de 2015



saudade

paredes da memória
descascadas,
vazias de tudo aquilo
que sonhamos!
o futuro em frente
o vento na cara e a alegria
do embalo no balanço do parque
sentindo o cheiro do mar...
a chuva caindo
o pão doce na mesa
o cheiro do café no ar...
tenho tanta saudade
daquilo que era pra ser!
                                        

                                           Jack Brandão

terça-feira, 17 de março de 2015

a relva, a chuva, a falsa alegria

hoje vocês riem com org
amanhã seus filhos vão chorar sua arrogância
como a relva depois da chuva
que cresce acreditando que é única e livre
mas vem a foice e a murcha para a noite!
acreditavam que detinham o poder
escondido na calada da noite
na imagem do papel na tela perdida nas ondas do rádio
que podiam e que eram...
enganaram-se ontem e enganam-se hoje!
Festivos vocês riem agora:
os vermes não participam de suas alegrias...
raça pura, altiva, branca, não herege:
seus filhos chorarão amanhã
os mesmos que bradaram
nas ruas repletas de relva
após a chuva

Jack Brandão
São Paulo, 15 de março de 2015
(dia da vergonha nacional!)