domingo, 23 de outubro de 2011

Boca vermelha


Sob a luz pálida
Numa noite de outono
Quero ver a menina
que embala
outros sonhos...

Porém, ao vê-la,
assim com sua boca
vermelha,
que nem vermelha é,
sinto-me atado:
calo-me...

Falar ? Porque deveria...
Lá fora,
outras luzes cintilam,
outros caminhos,
outros mundos...

Mas o mundo
está entre quatro paredes
e os olhos
estão abertos,
bem abertos à espera.
De quê ?
Não sei.

© Antônio Jackson de S. Brandão

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