terça-feira, 30 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Menschliches Elende
Miséria humana
Enfim o que somos? Uma angústia de dor,
Uma pseudo-feliz dança e um fogo-fátuo ebóreo,
Uma neve quase-fundida e um ermo flóreo,
De apreensão um palco e extinta uma vela a cor.
A vida se esvai tal conversas e rubor
E expulsa-nos desta vacilante veste óssea:
Há muito lançada no registro marmóreo
Da hecatombe, sem sentido esquecida e cor;
Assim como um sonho em vão desmoronando
Ou uma enxurrada sem obstáculo avançando
Assim nossa fama e honra e glória findará.
Num momento respirando, mas vem a nova:
Que nos sucede então? Nos lança a morte à cova
Assim como o vento a fumaça levará.
Tradução de Antônio Jackson de S. Brandão
terça-feira, 19 de outubro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Braços enlaçados
Braços enlaçados, laçados e entrelaçados...
Bocas que murmuram sons desconhecidos,
desconexos,
mas para que nexo?
Busca-se, procura-se.
Onde?
Por trás dos montes
que apontam aos céus!
Os trigais têm outra cor
E também são levados pelo vento
E também encantam,
enquanto outros buscam outros cantos.
O passado é presente
nos outros sons,
nas outras músicas;
vemos e nada encontramos,
só o caminho
que teremos de trilhar...
O eterno não existe,
pois a rosa que é linda se vai
e o vento a leva para outros jardins...
Nossas árvores são outras,
mas estão no mesmo lugar.
As pegadas são outras,
mas nos dão o caminho
de ontem.
As cores envelheceram,
mas os contornos nos apontam
o passado...
Agora, lágrimas; amanhã, doces recordações...
O mundo gira e vejo-o em
seus contornos
é uma linha infinita
dum mundo sem fim...
Enfim, que fazer?
Mirar em frente e os caminhos trilhar,
por entre veredas de sorrisos
e lágrimas,
nela a Felicidade reside...
A alegria está para quem sonha
e alegre quer estar.
A verdade temos de buscar
e ela se faz presente agora
no ato de amor,
no ato do amor
nela existe e resiste o frêmito
maior:
Ah que doces suspiros!
Ah que regalar de olhos
e que boca macia!
A rouquidão de tua voz
revela a
maciez de tuas mãos
que caminham e trabalham...
Não, não param.
O medo de pisar nos dá certeza, confiança e esperança:
tudo passa,
nada permanece como é hoje:
amanhã outros conhecerão
nossas trilhas,
viverão nossas alegrias,
buscarão nossas verdades...
porém, fomos os primeiros,
sentimos primeiro:
podemos disso nos orgulhar,
sei que tua boca é essa;
que teus cabelos são esses;
que teu sorriso é tal qual.
Agora me foram eternos,
foram diferentes,
simplesmente foram...
Sou feliz! Creio que foste também!
Então vamos,
meu bem, o caminho nos espera !
© Antônio Jackson de S. Brandão
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Abbracciati
Ven,
¡dame tu boca!
Quiero besarla
ardientemente…
Un instante único será inmortal
como los viajes más lejanos
Un abrazo, una caricia,
un suspiro al oído
Sí, ¡dudo que
los muertos no se levanten!
Pasa tu mano por mi
cabeza, mete
tus dedos por mi pelo
conóceme por dentro
por la nuca navega en una
¡búsqueda constante!
Siento el arfar de tu pecho
la palpitación más rápida
Los ojos errados
revelan tu placer
Bocas aturdidas
de un canto a otro
Estamos aquí
me escurro en tu piel lisa
te navego
sorbo de ti la vida ardiente y
me entraño en tu torrente
que me hace ascender
(y desaparezco de mi mismo)
Fuerza, impulsos…
Seguras mis pulsos
me giras te giro y me
quedas estático
Completamente enlazados
¡uno al otro!
La música…
Te toco la cara, cuello
Siento aún más tu arfar
cuando te toco los senos
pero me impides:
sierras que me llevan
al mar…
Ah, ¡mar! quiero gozarte
infinitamente
quiero atravesarte
y con mis labios
y con mis besos
alcanzar el valle de tu vientre
de tu playa…
Veo tu camino:
matas
que me enseñan ¡al paraíso!
Mi mano es pluma
tus dedos, seda,
que me escalofrían al toque
Tu perfume inunda
la habitación
y junto al mío
se cambia en otro
al mezclarse con nuestro sudor: ¡mar!
Y las olas vienen y van
La niebla salada
que sentimos en nuestras bocas
que inundan nuestros ojos
que no nos obedecen más:
Volamos: ¡Mar, Sal!
Amar gritar volar
No hay más tiempo
no hay nada:
boca, cabellos, nervios
Los ciervos saltan por los campos
van al arroyuelo sedientos y descansan
después de pasaren los montes y las sierras…
© Antônio Jackson de S. Brandão
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Os pingos da chuva
domingo, 11 de abril de 2010
Nuvens que passam
O sol se escondeu e
escureceu o céu !
As nuvens que baixam
e os homens que correm...
A situação já é outra,
pois as rosas murcharam
e afiaram seus espinhos
picosos
e o sangue fresco
brota, mas não da grota,
mas da greta
daqueles que nas frestas
se escondem...
Ilusão crer na felicidade
eterna,
se na terra o que vemos
é o martírio
da verdade, é a ilusão de
falsas alegrias...
Ilusão crer na tristeza
eterna,
se na terra o que vemos
é a alienação
da mentira, é a ilusão dos
tormentos esquecidos...
As nuvens passam,
o céu estará azul
e o sol presente se fará.
Nada é perene,
sequer a eternidade...
7/6/1999
quarta-feira, 17 de março de 2010
Um homem de boné
Um homem de boné
seu ônibus espera.
Na mão, a carteira,
na outra, a blusa.
O calor é insuportável
e o velho com os outros
(multidão)
no ponto lotado...
A seu lado um cego,
bengala na mão,
carros que passam
e o pó lhes lançam.
A quem reclamar,
só mesmo lá longe
no mar.
E a quem vai chorar?
Nunca viu,
porém
só a sina
tão dura que é.
© Antônio Jackson de S. Brandão
quarta-feira, 10 de março de 2010
chico mirando
sentado mirando el futuro
el chico está
sus pensamientos son tiernos
llenos de esperanza,
alegría y confianza:
¡tendré un gran futuro!
torrentes de fuertes vientos
llevan su barco para lejos
¿dónde está su meta?
procura: nada encuentra
no se puede mirar adelante
sin de decepcionar al encontrar el destino:
nada es como se pensó
quizás mejor
quizás peor
nunca como se pensó
© Antônio Jackson de S. Brandão
domingo, 7 de março de 2010
por dondequiera
no sólo un viaje:
días de alegría
encuentros furtivos
que nos prometían mucho más que miradas
cerca del valle…
vino la tempestad que cayó
en nuestras cabezas y en nuestras juras:
la felicidad se naufragó de nuestros caminos
ella más allá por dondequiera
yo sólo con mis
recuerdos
© Antônio Jackson de S. Brandão
sábado, 6 de fevereiro de 2010
cambios del mundo
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
MARAVILHOSA, MARLENE CANTA RATO, RATO...
Rato, rato, rato
Porque motivo tu roeste meu baú?
Rato, rato, rato
Audacioso e malfazejo gabiru.
Rato, rato, rato
Eu hei de ver ainda o teu dia final
A ratoeira te persiga e consiga,
Satisfazer meu ideal.
Quem te inventou?
Foi o diabo, não foi outro, podes crer.
Quem te gerou?
Foi uma sogra pouco antes de morrer!
Quem te criou?
Foi a vingança, penso eu
Rato, rato, rato, rato
Emissário do judeu
Quando a ratoeira te pegar,
Monstro covarde, não me venhas
A gritar, por favor.
Rato velho, descarado, roedor
Rato velho, como tu faz horror!
Nada valerá o teu qüim-qüim,
Tu morrerás e não terá que chore por ti,
Vou provar-te que sou mau
Meu tostão é garantido
Não te solto nem a pau.
(Claudino Costa/Casimiro Rocha)