meio-fio
chuva
fina, garoa
pessoas
apressadas
(por
que, se ninguém
sabe
aonde vai?...)
desfiles
de sentimentos
estampados
nos rostos
repletos
de
fuligem
do diesel
queimado
nos velhos motores
que
insistem em rodar pela cidade!
guarda-chuvas, sombrinhas, capuzes
e
fones de ouvidos:
cápsulas
de solidão
em
meio à multidão desfaciada...
olhos
que não
buscam
nada,
mas
querem novos
sentimentos
escondidos...
onde?
Nas
gotas que escorrem pelo meio-fio
Registro, 31 de maio de 2012
© Antônio Jackson de Souza Brandão
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